A discussão sobre a legalização do aborto ganhou fôlego com a visita do papa Bento XVI, no último mês de maio ao Brasil. Em seus “sermões”, o representante da instituição mais poderosa do mundo condenou o aborto e disse que o católico que fizer será excomungado pela igreja. A postura de Bento foi um explícito recado para uma parcela de políticos brasileiros que querem a legalização do aborto.
O presidente Lula, por sua vez, garantiu que o Brasil é um país laico e, portanto, qualquer decisão aqui tomada não deverá estar sujeita a apreciação de qualquer instituição religiosa. Está estabelecida a polêmica: de um lado políticos, médicos e uma parcela da população que são a favor da viabilização do aborto, de outro, religiosos que com argumentos não apenas teológicos, se posicionam contra.
O debate ganhou tamanha importância, que já se fala até em plebiscito. O principal argumento dos que se posicionam a favor, são os de que essa é uma questão de saúde pública.Hoje, no Brasil a gravidez só pode ser interrompida em casos de estupro ou de risco à saúde da gestante. Mas, dados do Ministério da Saúde, revelam que no Brasil, no ano de 2005, foram realizados 1.054.243 abortos clandestinamente. Esse número deve ser ainda maior, levando em consideração que muitas mulheres que praticam aborto não declaram, por constrangimento e medo, já que a prática é socialmente condenada.Muitas delas, têm seqüelas e algumas vão a óbito Para os “pró-legalização”, o estado tem o dever de atender a essas mulheres. Elcimar Coutinho, médico e cientista, afirmou em um programa de televisão que a polêmica em torno de legalização do aborto no país, diz respeito diretamente às mulheres pobres, já que as que têm poder aquisitivo já fazem o aborto tranqüilamente, “Elas vão a Miame, fazem o aborto e voltam”, afirmou.
Já os que se posicionam contra, em sua grande maioria religiosos, têm o discurso de proteção à vida como o principal fator de comoção social. Mas não só com argumentos teológicos rebatem aos favoráveis à legalização. Para o pastor Silas Malafaia, o feto não é uma extensão do corpo da mulher, ele tem vida própria, sendo assim o aborto seria uma prática de covardia dos poderosos contra os indefesos.
Penso que essa decisão sobre a legalização do aborto deve ser tomada com muito cuidado. O debate deve ser democrático, todos os pontos de vista devem ser exaustivamente ouvidos. A sociedade deve estar bem munida de informação, para que possa se posicionar. Cabe a mídia intermediar esse debate sem parcialidade, não cabe a ela tomar partido.Essa é uma questão que envolve os valores de um país reconhecidamente cristão, mas não podemos vedar os olhos para uma triste realidade: Um grande número de mulheres que fazem abortos clandestinos estão morrendo! E você, é a favor ou contra a legalização do aborto?
O presidente Lula, por sua vez, garantiu que o Brasil é um país laico e, portanto, qualquer decisão aqui tomada não deverá estar sujeita a apreciação de qualquer instituição religiosa. Está estabelecida a polêmica: de um lado políticos, médicos e uma parcela da população que são a favor da viabilização do aborto, de outro, religiosos que com argumentos não apenas teológicos, se posicionam contra.
O debate ganhou tamanha importância, que já se fala até em plebiscito. O principal argumento dos que se posicionam a favor, são os de que essa é uma questão de saúde pública.Hoje, no Brasil a gravidez só pode ser interrompida em casos de estupro ou de risco à saúde da gestante. Mas, dados do Ministério da Saúde, revelam que no Brasil, no ano de 2005, foram realizados 1.054.243 abortos clandestinamente. Esse número deve ser ainda maior, levando em consideração que muitas mulheres que praticam aborto não declaram, por constrangimento e medo, já que a prática é socialmente condenada.Muitas delas, têm seqüelas e algumas vão a óbito Para os “pró-legalização”, o estado tem o dever de atender a essas mulheres. Elcimar Coutinho, médico e cientista, afirmou em um programa de televisão que a polêmica em torno de legalização do aborto no país, diz respeito diretamente às mulheres pobres, já que as que têm poder aquisitivo já fazem o aborto tranqüilamente, “Elas vão a Miame, fazem o aborto e voltam”, afirmou.
Já os que se posicionam contra, em sua grande maioria religiosos, têm o discurso de proteção à vida como o principal fator de comoção social. Mas não só com argumentos teológicos rebatem aos favoráveis à legalização. Para o pastor Silas Malafaia, o feto não é uma extensão do corpo da mulher, ele tem vida própria, sendo assim o aborto seria uma prática de covardia dos poderosos contra os indefesos.
Penso que essa decisão sobre a legalização do aborto deve ser tomada com muito cuidado. O debate deve ser democrático, todos os pontos de vista devem ser exaustivamente ouvidos. A sociedade deve estar bem munida de informação, para que possa se posicionar. Cabe a mídia intermediar esse debate sem parcialidade, não cabe a ela tomar partido.Essa é uma questão que envolve os valores de um país reconhecidamente cristão, mas não podemos vedar os olhos para uma triste realidade: Um grande número de mulheres que fazem abortos clandestinos estão morrendo! E você, é a favor ou contra a legalização do aborto?